Uma mulher de 37 anos foi hospitalizada em estado grave após injetar nas próprias veias uma mistura de água destilada com partes esmagadas de uma aranha viúva-negra. O caso aconteceu nos Estados Unidos e foi publicado na revista científica Annals of Emergency Medicine. A paciente buscava efeitos entorpecentes com a substância, mas sofreu uma reação severa logo após a aplicação, apresentando taquicardia, dores intensas, cólicas abdominais e pressão arterial elevadíssima.
Durante o atendimento médico emergencial, foram registrados 188 batimentos cardíacos por minuto e pressão de 188/108 mm Hg, bem acima dos níveis saudáveis. O veneno da viúva-negra, segundo o Instituto Vital Brazil, é 15 vezes mais potente que o da cascavel e pode causar reações como paralisia muscular, dificuldades respiratórias e hipertensão severa. O quadro da paciente também foi agravado por uma possível reação alérgica a proteínas do animal, associada à sua condição pré-existente de asma.
A mulher ainda relatou dores nas coxas, região lombar e crise de ansiedade. Após tratamento médico intensivo, os sintomas foram sendo controlados e, um mês após o incidente, a paciente estava totalmente recuperada, com todos os sinais vitais normalizados. O caso serve de alerta sobre os riscos de uso indevido de substâncias tóxicas e a potência letal do veneno de animais peçonhentos.