Mulher perde função renal e recebe rim do próprio marido em SC: “Prova de amor”

Um gesto que salvou uma vida e fortaleceu ainda mais um relacionamento foi vivido por Luciana Bramati, moradora de Chapecó, diagnosticada na adolescência com rins policísticos, doença hereditária que compromete gradualmente a função dos órgãos. Quando sua saúde chegou ao ponto crítico, com apenas 9% da capacidade renal preservada, ela recebeu um novo rim, não de um parente distante, mas do próprio marido, Claudio Henrique Luiz da Silva.

A cirurgia foi realizada em Blumenau há um ano e meio, mas a história só veio à tona recentemente. Claudio conta que se ofereceu para o primeiro teste de compatibilidade como forma de incentivar os demais familiares, mas o resultado mostrou que ele era a pessoa ideal para a doação. Para Luciana, a coincidência pareceu destino: “É a maior prova de amor”, afirmou emocionada, lembrando que os dois compartilham mais de 25 anos de casamento.

A doença, que faz os rins crescerem repletos de cistos até perderem a capacidade de filtrar o sangue, vinha trazendo limitações sérias à vida de Luciana. O transplante mudou completamente sua rotina e consolidou ainda mais a união do casal, que hoje celebra não apenas a recuperação da saúde, mas também a certeza de que essa ligação ficou ainda mais profunda.

O caso chama atenção em um contexto delicado: segundo a Secretaria de Estado da Saúde, Santa Catarina já realizou 982 transplantes em 2025, mas ainda existem cerca de 1,6 mil pessoas na fila de espera por diferentes órgãos e tecidos, entre eles 933 aguardando por um rim. Histórias como a de Luciana e Claudio mostram a importância da doação de órgãos e como um gesto pode transformar vidas.

Sair da versão mobile