Nova Cadeia Pública de Porto Alegre recebe primeiros presos após entrega histórica das obras
Com investimento de R$ 139 milhões, estrutura moderna começa a funcionar com foco na ressocialização de detentos e reforço à segurança pública
A nova Cadeia Pública de Porto Alegre (CPPA) começou a receber os primeiros detentos na tarde desta quinta-feira, 11 de setembro, um dia após a entrega oficial das obras de readequação pelo governador Eduardo Leite. Os primeiros 25 presos foram transferidos do Núcleo de Gestão Estratégica do Sistema Prisional (Nugesp), em Porto Alegre, e iniciam sua permanência no local já desempenhando atividades laborais internas.
Com perfis de presos trabalhadores, os detentos atuam nas áreas de cozinha, lavanderia e limpeza, reforçando o compromisso do governo com a ressocialização e a segurança da população gaúcha, como destacou o secretário de Sistemas Penal e Socioeducativo, Jorge Pozzobom.
A ocupação da unidade será feita de forma gradual, sob responsabilidade da Polícia Penal, com planejamento e segurança. “O início da ocupação da nova Cadeia Pública é um marco histórico para o sistema prisional do Estado”, afirmou o superintendente da Polícia Penal, Sergio Dalcol.
Obra histórica e transformação do sistema prisional
Anunciada em 19 de novembro de 2021, a demolição da antiga estrutura da CPPA deu lugar a novos módulos de vivência, com capacidade para 1.884 vagas. A ordem de início das obras foi assinada em 28 de junho de 2022, com um plano que incluiu a desocupação gradual dos pavilhões e realocação dos presos.
O investimento total de R$ 139 milhões viabilizou a construção de uma unidade prisional moderna, adaptada às exigências atuais, substituindo as instalações precárias por ambientes seguros e funcionais. A nova estrutura é considerada um divisor de águas no sistema penitenciário do Rio Grande do Sul.
Desde 2019, o governo estadual já investiu mais de R$ 1,4 bilhão no sistema prisional, sendo R$ 1,3 bilhão destinados a obras que, até 2026, criarão mais de 12 mil novas vagas. Outros R$ 210 milhões foram aplicados em tecnologias e equipamentos para reforçar a atuação da Polícia Penal.
Com a inauguração da nova CPPA, o governo do Estado encerra um ciclo marcado pela precariedade e dá início a uma nova etapa baseada em segurança, dignidade e ressocialização.
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