A Polícia Civil do Rio Grande do Sul deflagrou, na terça-feira, 16 de setembro, a terceira fase da Operação Medici Umbra, que investiga um grupo criminoso especializado em invasão de sistemas, estelionato eletrônico e falsificação de documentos. A ofensiva cumpriu três mandados de prisão preventiva e três de busca e apreensão em Pernambuco, Rio Grande do Norte e São Paulo, resultando na prisão de dois suspeitos.
As investigações começaram em junho, após a identificação de golpes contra médicos gaúchos. O grupo chegou a usar “sósias” das vítimas e inteligência artificial para falsificar documentos e acessar contas bancárias. Na segunda fase da operação, em agosto, outros três integrantes já haviam sido presos em São Paulo, Pará e Espírito Santo.
De acordo com a polícia, o esquema envolvia a invasão de sistemas governamentais e a venda ilegal de dados a golpistas. Entre os presos nesta fase está um pernambucano de 26 anos, apontado como responsável por acessar sistemas públicos. Outro detido, também de 26 anos, foi preso no Rio Grande do Norte e atuava como intermediário, divulgando plataformas ilegais de consulta de dados em grupos no Telegram.
Segundo o delegado Eibert Moreira Neto, diretor do Departamento Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC), a operação conseguiu mapear toda a cadeia criminosa, desde a coleta dos dados em Pernambuco até a distribuição no Rio Grande do Norte e a execução das fraudes em São Paulo.
Ao todo, mais de 50 policiais civis dos quatro estados participaram da ação. As investigações continuam para identificar outros integrantes de maior escalão dentro da organização criminosa.