Réu foi considerado culpado por homicídio qualificado e ocultação de cadáver; irmãos serão julgados em dezembro
Um dos três irmãos denunciados pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) foi condenado a 19 anos e três meses de prisão, além de multa, nesta segunda-feira, 29 de setembro, pelo assassinato e esquartejamento de Cíntia Beatriz Lacerda Glufke, 34 anos, ocorrido em 2015, em Porto Alegre. A decisão foi tomada pelo Tribunal do Júri da 2ª Vara do Júri da Capital, após acusação conduzida pelo promotor de Justiça Francisco Saldanha Lauenstein. Durante a sessão, a Justiça decretou a prisão imediata do condenado.
Segundo o promotor, o crime representou um “feminicídio brutal, covarde e premeditado”, e a atuação do MPRS buscou garantir justiça à família da vítima, que aguardava há uma década pela condenação. Ele adiantou que recorrerá da sentença para pedir aumento da pena. O coordenador do Centro de Apoio Operacional do Júri (CAOJÚRI), promotor Marcelo Tubino, destacou que o réu “não pode estar no convívio social porque causa grande dano à população”.
O condenado foi responsabilizado por homicídio qualificado, caracterizado pelo meio cruel e pela utilização de recurso que dificultou a defesa da vítima, além do crime conexo de ocultação de cadáver. Seus dois irmãos, que seriam julgados na mesma sessão, enfrentarão o júri em quarta-feira, 10 de dezembro, devido à chamada “colidência defensiva”, quando as teses de defesa apresentadas são incompatíveis entre si.
Além deles, havia outros dois acusados no processo: um foi impronunciado e outro teve a punibilidade extinta após falecer no ano passado.