Segurança no campo avança no RS com queda histórica de crimes rurais

Redução de abigeatos chega a 10% entre janeiro e julho de 2025 e reforça impacto das ações integradas da segurança pública no interior do estado
O Rio Grande do Sul registrou uma queda de 10% nos casos de abigeato nos primeiros sete meses de 2025, em comparação ao mesmo período de 2024, passando de 1.974 para 1.785 ocorrências. A tendência de retração já vinha sendo observada nos anos anteriores: em 2024, a redução foi de 21% em relação a 2023, que por sua vez teve queda de 15% em relação a 2022. Os dados são do Observatório Estadual de Segurança Pública.
Segundo o secretário da Segurança Pública, Sandro Caron, o resultado é fruto de ações integradas entre a Secretaria da Segurança Pública (SSP), Brigada Militar e Polícia Civil, que vêm fortalecendo o atendimento no campo por meio de patrulhas rurais, delegacias especializadas (Decrabs) e canais como a Delegacia Online do Agro (Agrodol).
“Quem vive no campo sabe que o Rio Grande do Sul está diferente. Hoje a sensação de segurança está melhor, seja pelo trabalho das patrulhas ou pelas delegacias especializadas. Por sua vocação agrícola, a diminuição dos crimes no campo reflete positivamente na economia e em diversos setores da sociedade gaúcha”, afirmou o secretário.
As ações também resultaram em reduções expressivas em municípios de fronteira. Em Alegrete, por exemplo, os casos de abigeato caíram 64% (de 42 para 15). Em Jaguarão, a queda foi igualmente de 64% (de 28 para 10). Em Quaraí, a redução chegou a 45% (de 31 para 17) e, em Garruchos, a queda foi de impressionantes 91% (de 11 para 1 caso).
Outro destaque é o uso de ações de inteligência e tecnologia, como sistemas de rastreamento de gado e veículos, além de plataformas de denúncia anônima. Segundo o delegado Heleno dos Santos, diretor da Divisão de Repressão aos Crimes Rurais e de Abigeato (Dicrab), as equipes especializadas têm conhecimento profundo da cadeia produtiva, o que permite investigações mais eficazes e a desarticulação de redes criminosas.
A melhora histórica nos indicadores evidencia a eficácia do investimento contínuo em segurança no meio rural, com treinamento das equipes, aquisição de veículos adaptados e foco em prevenção e repressão qualificada.