Donald Trump surpreendeu novamente com um anúncio polêmico: filmes estrangeiros passarão a ser taxados em 100% nos Estados Unidos, conforme declarou nesta segunda-feira (29) por meio da Truth Social. A medida, segundo o presidente, busca combater um problema “sem fim” e recuperar o prestígio da indústria cinematográfica norte-americana, que ele afirma ter sido “roubada” por outros países. Trump ainda criticou duramente o governador da Califórnia, Gavin Newsom, classificando-o como “fraco e incompetente” por não defender Hollywood, polo histórico do setor.
Em um discurso que mistura protecionismo com retórica nacionalista, Trump afirmou que os Estados Unidos perderam sua liderança em setores culturais e industriais, o que o motivou a impor barreiras drásticas ao comércio. Além do audiovisual, o presidente revelou que tarifas adicionais serão aplicadas sobre móveis produzidos fora do território americano, medida que deve atingir diretamente países com grande participação no mercado, como a China. Ele defendeu que os produtos sejam fabricados dentro dos EUA para fortalecer a economia interna.
Trump destacou especialmente a situação da Carolina do Norte, que no passado foi um dos maiores centros da indústria moveleira americana. Segundo ele, o Estado teria “perdido completamente” sua força produtiva para o mercado asiático. O presidente prometeu retaliações “substanciais” contra qualquer país que, em suas palavras, esteja tirando empregos dos americanos por meio da exportação de móveis.
Os detalhes técnicos das tarifas ainda não foram divulgados, mas o impacto imediato da medida já provoca reações no cenário internacional. A decisão pode gerar tensões diplomáticas e alterar o fluxo comercial com países exportadores, inclusive o Brasil, que tem significativa participação nas exportações de móveis e madeira aos EUA. A proposta também reacende o debate sobre os efeitos do protecionismo na economia global e na liberdade cultural.
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