A Polícia Civil do Rio Grande do Sul concluiu o inquérito que investiga o assassinato brutal de Brasília Costa, de 65 anos, e indiciou o publicitário Ricardo Jardim, de 66, pelos crimes de feminicídio, ocultação de cadáver e falsificação de documentos. Preso desde setembro, Jardim é apontado como responsável por matar, esquartejar e espalhar partes do corpo da namorada por diferentes pontos de Porto Alegre. Segundo a polícia, a pena combinada pelos crimes pode ultrapassar os 90 anos de prisão.
O caso veio à tona em agosto, quando o tronco da vítima foi encontrado dentro de uma mala na rodoviária da capital gaúcha. Dias depois, as pernas surgiram em locais distintos da Zona Sul, e o primeiro descarte havia ocorrido em 13 de agosto, em uma área isolada da Zona Leste. A cabeça de Brasília segue desaparecida, mas, conforme o delegado Mário Souza, isso não impede o encerramento do inquérito nem a responsabilização criminal do suspeito. Imagens de câmeras de segurança foram fundamentais para identificar Ricardo, que aparece em vídeos na rodoviária e também em uma loja, onde baixou a máscara e foi reconhecido.
Agora, o inquérito será encaminhado ao Ministério Público, que decidirá se oferecerá denúncia formal à Justiça. Caso o Judiciário aceite, o publicitário passará a ser julgado. Até o momento, a Defensoria Pública, que representa Jardim, informou que só se manifestará nos autos do processo. O crime chocou o estado e ficou conhecido como o “crime da mala”, pela forma como o corpo da vítima foi encontrado.








