Empresário de Farroupihla é condenado por tortura brutal e terá que pagar mais de R$ 700 mil em indenizações

A Justiça determinou que um empresário do setor agropecuário, condenado por uma série de crimes hediondos cometidos contra um ex-funcionário em 2021, pague R$ 350 mil por danos morais coletivos. A decisão foi confirmada após o fim do prazo para recurso por parte da defesa. Além disso, o réu já havia sido sentenciado a 42 anos e 10 meses de prisão em uma ação penal anterior, com a obrigação de indenizar a vítima em mais R$ 354 mil, somando mais de R$ 700 mil em reparações.

Os crimes ocorreram no interior de Farroupilha, e envolveram sequestro, estupro, tortura e tentativa de homicídio. A vítima, suspeita de furto, foi brutalmente agredida com choques elétricos, queimaduras, coronhadas e até dentes arrancados. Após sobreviver à primeira sessão de tortura, foi novamente raptada e submetida a mais agressões, como cortes com máquina de tosquia, perfurações com agulhas aquecidas e queimaduras com cigarro. No ápice da violência, foi obrigada a se atirar de um penhasco e deixada para morrer. Ainda assim, sobreviveu.

Segundo o Ministério Público do Trabalho, o caso revela um nível extremo de crueldade e premeditação, com impacto coletivo que justifica a condenação civil. A vítima, hoje com 42 anos, está incapacitada para o trabalho e depende de tratamento psiquiátrico e psicológico oferecido pelo SUS. O promotor responsável classificou o episódio como um dos mais graves já registrados na região. Três outros envolvidos ainda aguardam julgamento, e o MP aponta que o empresário tem histórico de condutas semelhantes.

Vila Magia

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