Fábrica clandestina engarrafava vodca de lixão e vendia como original no RS

Uma operação da Polícia Civil realizada em Passo Fundo, no norte do Rio Grande do Sul, resultou na prisão de três homens envolvidos em um esquema de falsificação de bebidas alcoólicas. Dois deles foram detidos por mandado de prisão preventiva e o terceiro, por posse ilegal de arma de fogo. As investigações revelaram uma fábrica clandestina que reembalava bebidas baratas em garrafas reutilizadas, vendendo os produtos como se fossem originais para bares e casas noturnas da cidade.
De acordo com a polícia, o grupo comprava garrafas em um lixão de Santa Maria, lavava os recipientes e utilizava rótulos produzidos por uma gráfica para dar aparência legítima às bebidas. Vodca, uísque, gim e cachaça eram misturados com essências e revendidos como destilados de marcas conhecidas. A preferência por bebidas com sabor facilitava a adulteração, já que os aromas mascaravam o cheiro dos ingredientes de baixa qualidade usados na mistura.
Mais de cem garrafas foram apreendidas sem nota fiscal e serão analisadas para confirmar a adulteração. Embora não haja indícios de metanol nas bebidas, a polícia segue investigando o caso e busca por um quarto suspeito, que está foragido. Segundo a delegada responsável, os presos têm antecedentes por tráfico de drogas, e o esquema oferecia riscos à saúde pública, ao colocar no mercado bebidas falsificadas com aparência profissional.