Justiça ordena retirada de posts que ligam irmão de Lula a fraudes no INSS
Decisão impõe multa e exige identificação de autores de conteúdos que relacionam Frei Chico a descontos ilegais em aposentadorias

A Justiça de São Paulo determinou que publicações que relacionam Frei Chico, irmão do presidente Lula, a um suposto esquema de descontos indevidos em benefícios do INSS sejam excluídas das redes sociais em até cinco dias. A decisão da juíza Ana Luiza Madeiro Cruz Eserian atinge plataformas como Instagram, Facebook, X, Kwai e Google, impondo multa diária de R$ 1 mil em caso de descumprimento. Além da exclusão, as empresas devem fornecer a identidade dos responsáveis pelos posts.
O episódio ocorre em meio à atuação da CPI do INSS, que investiga descontos associativos supostamente aplicados sem consentimento a aposentados. Apesar de ser vice-presidente do Sindnapi, entidade sob suspeita, Frei Chico não é investigado formalmente. Recentemente, a comissão rejeitou um pedido para convocá-lo a depor. Em resposta, ele afirmou que a CPI se tornou um “palco político” e que vem sofrendo julgamento antecipado, antes mesmo da apuração dos fatos.
Entre 2020 e 2024, o Sindnapi registrou um aumento de mais de 500% em suas receitas, o que levantou suspeitas na Controladoria-Geral da União e na Polícia Federal. A entidade é apontada como responsável por descontos diretos nos contracheques de aposentados sem autorização prévia. Diante da repercussão, Frei Chico acionou a Justiça para impedir o que considera ataques infundados, reafirmando não temer investigações, mas cobrando que elas ocorram com isenção e responsabilidade.