Em sessão do Tribunal do Júri realizada na quinta-feira, 2 de outubro, em Butiá, o líder de uma facção criminosa e seu comparsa foram condenados por homicídio duplamente qualificado, após denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS). O crime ocorreu em 2015, logo após uma partida de futebol no município da Região Carbonífera. Um terceiro réu foi absolvido.
O líder da facção recebeu pena de nove anos e 11 meses de prisão, com reconhecimento da participação de menor importância e da atenuante da menoridade. Já o comparsa, responsável pelo golpe de facão que atingiu a vítima, foi condenado a 12 anos de reclusão, com atenuantes pela menoridade e confissão.
O crime foi cometido por motivo fútil, após discussão durante o jogo, e com recurso que dificultou a defesa da vítima, uma vez que os agressores estavam em superioridade numérica e atacaram pelas costas.
“A condenação foi importante para a comunidade, sobretudo para reafirmar que a violência no futebol não é aceita”, afirmou o promotor Gustavo Burgos, do Núcleo de Apoio ao Júri (NAJ), que atuou junto com a promotora de Justiça Laura de Castro Silva Mendes.
A promotora destacou a relevância do desfecho: “Embora nenhuma pena retribua a dor da perda, sabemos do peso do desfecho deste processo, que se prolongava por mais de 10 anos, para familiares e amigos da vítima, os quais aguardavam por uma resposta diante da brutalidade cometida”.