Lula reage à violência no Rio e pede ofensiva inteligente contra o tráfico
Presidente cobra ação coordenada contra o crime e cita operação que mirou núcleo financeiro de facção em agosto

Diante da violenta megaoperação policial no Rio de Janeiro, que resultou em mais de uma centena de mortes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu uma resposta firme, mas estratégica, ao crime organizado. Em publicação nas redes sociais, ele enfatizou que “não podemos aceitar que o crime organizado continue destruindo famílias”, e pediu que o enfrentamento ao tráfico preserve a vida de inocentes e agentes de segurança. Lula ainda destacou a necessidade de ações integradas, voltadas a enfraquecer a estrutura financeira das facções.
O presidente relembrou uma ação de agosto, considerada a maior ofensiva contra o crime organizado no país, como exemplo do modelo ideal de combate ao tráfico. Na ocasião, a operação desarticulou um esquema que envolvia venda de drogas, adulteração de combustíveis e lavagem de dinheiro, atingindo o núcleo financeiro de uma poderosa quadrilha. Para fortalecer esse tipo de atuação, Lula voltou a defender a aprovação da PEC da Segurança, que visa consolidar uma atuação conjunta entre forças policiais e órgãos de segurança pública.
Enquanto isso, os números da operação no Rio seguem confusos e em constante atualização. O governo estadual informou inicialmente 64 mortos, mas o governador Cláudio Castro revisou o dado para 58, dos quais 54 seriam criminosos e quatro, policiais. Já a cúpula da segurança do estado fala em 121 mortes, incluindo 117 suspeitos. Moradores relataram ter encontrado corpos na mata, e uma perícia buscará esclarecer a relação com a ação policial. Ao todo, 113 pessoas foram presas, algumas vindas de outros estados como Amazonas, Ceará, Pará e Pernambuco.






