As escolas privadas de educação básica no Rio Grande do Sul vão aplicar um reajuste médio de 9,15% nas mensalidades em 2026, segundo levantamento do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Privado (Sinepe/RS). O índice supera a expectativa de inflação para o período e reflete, de acordo com o sindicato, o aumento nas despesas operacionais, como salários, contas de serviços e investimentos em melhorias físicas e tecnológicas. A pesquisa envolveu 174 instituições, o equivalente a 57% das escolas associadas ao Sinepe, e foi realizada entre setembro e outubro deste ano.
Apesar do percentual médio divulgado, o reajuste não será uniforme entre as instituições. O presidente do Sinepe, Oswaldo Dalpiaz, destacou que o valor final dependerá da planilha de custos individual de cada escola, podendo variar de acordo com fatores como expansão da infraestrutura, compra de equipamentos ou manutenção de laboratórios. Algumas escolas, portanto, podem aplicar aumentos superiores ou inferiores ao percentual estimado. O dirigente também ressaltou que a inflação oficial não representa fielmente os gastos específicos do setor educacional.
Mesmo com os reajustes, a projeção é de crescimento nas matrículas: quase 65% das escolas esperam aumento de 3% no número de alunos para o próximo ano. Diante do cenário, o educador financeiro Diego Angelos recomenda que os pais busquem negociar valores, antecipar pagamentos com desconto e reorganizar o orçamento familiar, considerando também despesas adicionais, como transporte e atividades extracurriculares. Para ele, usar o 13º salário de forma planejada pode ajudar a minimizar o impacto do reajuste.







