Palácio da Polícia é interditado simbolicamente pela UGEIRM em protesto por melhores condições de trabalho

Ato realizado nesta terça-feira denunciou abandono das delegacias e falta de valorização dos policiais civis no Rio Grande do Sul

O Palácio da Polícia, em Porto Alegre, foi interditado simbolicamente pela UGEIRM Sindicato na manhã desta terça-feira, 21 de outubro, em um ato de protesto contra as precárias condições de trabalho nas delegacias gaúchas e o abandono enfrentado pelos policiais civis.

Com cartazes e fitas de segurança nas cores amarela e preta, o movimento denunciou o descaso do governo estadual, que não tem realizado promoções nem reajustes salariais para a categoria. Segundo o sindicato, 42 policiais foram exonerados somente em 2025, agravando ainda mais a crise.

Viemos até o Palácio da Polícia para fazer, de forma simbólica, aquilo que o poder público já devia ter feito há muito tempo: interditar o prédio”, afirmou Fábio Castro, vice-presidente da UGEIRM Sindicato. Ele destacou que o ato visa chamar atenção para a situação de outras unidades policiais, como as de Caxias do Sul, Viamão e Santa Maria, que também enfrentam condições precárias e riscos à integridade física dos servidores.

O Palácio da Polícia, considerado ícone da categoria, sofreu duas inundações neste ano e está em estado crítico de conservação, colocando em risco policiais e cidadãos que circulam pelo local. A chefia da Polícia Civil já deixou de trabalhar no prédio, e o Ministério Público abriu uma apuração para verificar as condições da estrutura.

A crise, segundo a entidade, é reflexo de um problema estrutural na Segurança Pública do Estado. O DEIC, por exemplo, foi desalojado pelas enchentes do ano passado e já enfrentou três incêndios no prédio provisório. Situações semelhantes têm sido registradas em delegacias do interior, revelando o abandono das estruturas policiais no Rio Grande do Sul.

Várias unidades policiais do nosso estado estão em situação muito precária, com risco à saúde e à integridade física dos policiais civis”, reforçou Fábio. “O governo não dialoga com os servidores. Gostam de divulgar a queda nos índices de criminalidade, mas a que custo? Precisamos de reconhecimento, com condições dignas de trabalho e salário.”

Rastrek

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