A queda de um balão em Praia Grande, em junho de 2025, que terminou com a morte de oito pessoas, teve seu inquérito concluído pela Polícia Civil de Santa Catarina sem nenhum indiciamento. A análise de provas técnicas e depoimentos levou à conclusão de que não houve ação humana dolosa ou culposa no incêndio que causou o desastre. Mais de 20 pessoas foram ouvidas, incluindo o piloto, representantes das empresas envolvidas e testemunhas. Diversos laudos periciais, como exames de engenharia e perícias criminais no local, foram utilizados para embasar a decisão.
O voo turístico, que partiu ao amanhecer do dia 21 de junho com 21 ocupantes, foi interrompido por uma tragédia repentina. Após alteração da rota por conta dos ventos, o grupo decolou próximo à Cachoeira Nova Fátima. Pouco depois, o piloto notou fumaça e relatou que um maçarico foi acionado acidentalmente, iniciando o fogo. Ele tentou conter as chamas com um extintor que não funcionou. Treze passageiros conseguiram saltar antes da aeronave ganhar altura novamente, mas os demais não conseguiram escapar. Quatro morreram ao pular de grande altitude e outras quatro foram carbonizadas no cesto, três delas encontradas abraçadas.
Mesmo com o encerramento oficial da investigação, os familiares das vítimas não aceitaram o desfecho e prometem buscar justiça. O advogado Rafael Medeiros, que representa algumas famílias, afirma que há indícios de falhas e responsabilidades que foram ignoradas, citando desde o piloto até a fiscalização de órgãos reguladores. A mãe de uma das vítimas declarou publicamente que “isso não foi um acidente”, e agora os parentes buscam apoio do Ministério Público de Santa Catarina para reabrir o caso sob uma nova perspectiva. Enquanto isso, a prática do balonismo foi retomada na região apenas 11 dias após a tragédia.








