R$ 180 milhões bloqueados: MPRS desarticula rede nacional de lavagem de dinheiro ligada ao tráfico de drogas

Operação Expansionista cumpriu 30 mandados em seis Estados e no Distrito Federal para desmantelar grupo que movimentou mais de R$ 110 milhões em recursos ilícitos

O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), por meio da Promotoria de Justiça Especializada Criminal de Porto Alegre e com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), deflagrou nesta quinta-feira, 16 de outubro, a Operação Expansionista, com ações simultâneas em seis Estados e no Distrito Federal. A ofensiva teve como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada na lavagem de dinheiro oriundo do tráfico de drogas, que acumulou cerca de R$ 180 milhões.

A operação contou com o apoio do GAECO de outras seis unidades da Federação e da Brigada Militar. As investigações conduzidas pelo MPRS identificaram um núcleo financeiro sediado no Rio Grande do Sul que abastecia empresas com recursos ilícitos, dissimulando a origem do dinheiro por meio de operações bancárias. O esquema envolvia empresas de outros Estados, como uma distribuidora de bebidas, uma prestadora de serviços administrativos e uma malharia. Estima-se que o grupo tenha movimentado mais de R$ 110 milhões durante o período investigado.

Foram cumpridos 30 mandados de busca e apreensão em 19 municípios, com o bloqueio de contas de 29 investigados e de seis empresas, totalizando R$ 180 milhões em valores indisponibilizados.

O promotor de Justiça José Eduardo Coelho Corsini, responsável pela investigação, destacou a complexidade da estrutura criminosa e os riscos que ela representa à estabilidade econômica e à confiança nas instituições. No Rio Grande do Sul, as medidas foram executadas em Porto Alegre (inclusive na Cadeia Pública), Novo Hamburgo, Canoas, Sapucaia do Sul, Parobé e Taquara. A ação também ocorreu em Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, Goiás e Bahia.

O coordenador do GAECO no Estado, promotor de Justiça André Dal Molin, acompanhou pessoalmente a ação em Goiânia.

O MPRS seguirá analisando o material apreendido e realizando novas diligências para identificar outros envolvidos e aprofundar a apuração sobre a extensão da rede criminosa.

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