Adeus a um mestre: Lô Borges, símbolo do Clube da Esquina, morre aos 73 anos

Compositor mineiro deixa legado eterno na música brasileira e parte após duas semanas internado em Belo Horizonte

A música brasileira perdeu um de seus nomes mais emblemáticos na noite de domingo (2). Lô Borges, compositor e cantor mineiro, faleceu aos 73 anos, em Belo Horizonte, após passar duas semanas internado devido a uma intoxicação medicamentosa. O Hospital Unimed confirmou que a causa da morte foi falência múltipla de órgãos. A internação teve início em 17 de outubro e mobilizou uma legião de fãs que acompanhava com apreensão a evolução do quadro clínico do artista.

O impacto de Lô Borges na cultura brasileira é imensurável. Ainda jovem, aos 20 anos, ele eternizou sua voz e sua guitarra ao lado de Milton Nascimento no clássico álbum “Clube da Esquina”, lançado em 1972. O disco, reconhecido como um dos maiores da história da MPB, mesclou influências do rock, jazz e música erudita com a sensibilidade mineira, e revelou ao país canções como “O trem azul”, “Paisagem da janela” e “Um girassol da cor do seu cabelo”. Com mais de 14 álbuns lançados ao longo da carreira, suas composições foram interpretadas por ícones como Elis Regina, Tom Jobim e Nando Reis.

Natural de Belo Horizonte, Lô — nascido Salomão Borges Filho — era um dos fundadores do movimento Clube da Esquina, referência artística que marcou os anos 1970 e influenciou gerações. Seu trabalho mais recente, o álbum “Céu de Giz”, foi lançado em agosto de 2025 em parceria com Zeca Baleiro. Ele deixa um filho, Luca Borges, de 27 anos, além de cinco irmãos e uma base fiel de admiradores. Detalhes sobre o velório e homenagens ainda serão divulgados pela família.

Verauto

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