A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou na sexta-feira, 31 de outubro, a manutenção da bandeira tarifária vermelha patamar 1 para o mês de novembro. Essa classificação, a mesma vigente em outubro, implica um custo adicional de R$ 4,46 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos pelos usuários. A Agência explicou que o motivo é o volume de chuva abaixo da média, o que impacta negativamente o nível dos reservatórios e a geração das usinas hidrelétricas.
O cenário hídrico exige o acionamento de usinas termoelétricas, que possuem um custo de geração mais elevado e, segundo a Aneel, justificam a permanência da bandeira vermelha. A Agência também destacou a necessidade das termoelétricas para atender à demanda, especialmente nos horários de pico, já que “a geração solar é intermitente e não fornece energia de forma contínua”. O consumidor, contudo, pode ter um alívio em breve, pois a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) projeta a possibilidade de bandeira amarela em dezembro (custo de R$ 1,885/100 kWh), e bandeira verde, sem cobrança extra, nos primeiros meses de 2026.
Apesar das perspectivas positivas, as projeções podem ser alteradas, visto que as expectativas de chuva pioraram desde fevereiro deste ano. O sistema de bandeiras tarifárias, criado em 2015, sinaliza os custos de geração de energia no País para os consumidores e repassa os recursos às distribuidoras mensalmente pela “conta Bandeiras”, visando atenuar o impacto no orçamento das empresas, diferentemente do modelo anterior, onde o custo era repassado anualmente.








