Tábua de Mortalidade do IBGE de 2024 revela aumento no indicador e queda na mortalidade infantil, com mulheres vivendo 6,6 anos a mais que homens.
A expectativa de vida ao nascer do brasileiro alcançou 76,6 anos em 2024, o maior valor registrado desde o início da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 1940. O dado, que representa um avanço de 31,1 anos em relação aos 45,5 anos de 1940, foi divulgado nesta sexta-feira, 28 de novembro, na Tábua de Mortalidade. Houve um crescimento contínuo do indicador, interrompido apenas durante o período da pandemia de covid-19, quando a expectativa caiu de 76,2 anos em 2019 para 72,8 anos em 2021, recuperando-se para 76,4 anos em 2023.
A projeção do IBGE indica que a diferença de longevidade entre os sexos se manteve significativa: em 2024, a esperança de vida das mulheres foi de 79,9 anos, enquanto a dos homens foi de 73,3 anos, uma diferença de 6,6 anos a mais para as mulheres. Além disso, o estudo revelou um indicador de sobremortalidade masculina acentuado na faixa etária de 20 a 24 anos, na qual um homem tinha 4,1 vezes mais chance de não atingir os 25 anos do que uma mulher, um fato que o IBGE associa às mortes por causas externas, como homicídios e acidentes de trânsito.
O levantamento também apontou uma nova queda na taxa de mortalidade infantil, que foi de 12,3 para cada mil crianças nascidas em 2024, uma melhora em comparação com os 12,5 por mil registrados em 2023. Essa evolução histórica é atribuída a fatores como campanhas de vacinação, atenção ao pré-natal e melhorias na renda, escolaridade e acesso a saneamento básico. A Tábua de Mortalidade serve também como base para o cálculo do Fator Previdenciário, que ajusta os valores das aposentadorias do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).








