Uma lombada feita de barro com uma suposta faixa de pedestres desenhada com cal virou alvo de piadas e críticas após ser divulgada pela prefeitura de José Boiteux, no Alto Vale do Itajaí. A publicação nas redes sociais mostrava maquinário e trabalhadores no local, junto de um apelo para que motoristas respeitassem a nova sinalização e reduzissem a velocidade. Internautas, no entanto, questionaram a durabilidade da marcação feita diretamente sobre a terra, levantando dúvidas sobre sua utilidade e segurança em caso de chuva ou tráfego intenso.
Especialistas apontaram falhas graves na execução do dispositivo, apelidado de “lombofaixa”. Segundo eles, o projeto não segue as normas estabelecidas pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que exige estudos técnicos, sinalização adequada e a emissão de uma Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea). A ausência desses critérios pode, inclusive, responsabilizar a prefeitura em caso de acidentes, já que a intervenção não teria respaldo técnico suficiente para garantir a segurança dos usuários da via.
Em resposta, o governo municipal alegou que a faixa de cal não foi uma tentativa de sinalização permanente, mas sim um recurso visual temporário para evidenciar o relevo da via enquanto o solo recém-nivelado ainda está em processo de compactação. Segundo a nota oficial, essa prática seria comum em estradas de terra e teria apenas caráter provisório. Ainda assim, o município sustenta que a lombada, como estrutura física, está em conformidade com as normas legais.








