Granizo em forma de “flor” e pontiagudo intriga meteorologistas no Sul do Brasil e na Argentina

Fenômeno raro revela a intensidade e a dinâmica das tempestades que atingiram a região nos últimos dias

Nos últimos dias, moradores do Sul do Brasil e da Argentina registraram imagens impressionantes de granizo com formatos incomuns, que variavam entre pedras pontiagudas e estruturas semelhantes a pétalas de flor. O fenômeno, além de visualmente curioso, oferece informações valiosas sobre o comportamento e a força das tempestades em que essas formações se originaram.

De acordo com meteorologistas, granizos com pontas ou “espinhos” são formados quando há correntes ascendentes extremamente fortes dentro das nuvens — conhecidas como updrafts. Essas correntes intensas fazem com que as pedras de gelo girem e colidam entre si diversas vezes, acumulando camadas irregulares de gelo. O resultado são formas assimétricas e pontiagudas, indicativas de turbulência severa e energia elevada no interior da nuvem.

Por outro lado, granizos achatados ou com bordas em formato de pétalas se formam quando as pedras atravessam camadas mais quentes da atmosfera, sofrendo fusão parcial e derretimento desigual durante a queda. Essa característica costuma estar associada a tempestades mais extensas, porém com menor intensidade de correntes internas.

Especialistas explicam que a forma do granizo funciona como uma “impressão digital” da tempestade.
👉 Granizo pontiagudo: revela correntes violentas e colisões intensas.
👉 Granizo achatado ou em pétalas: indica derretimento e fusão parcial durante a descida.

Cada pedra de gelo, portanto, é um pequeno registro do caos atmosférico que ocorre dentro de uma supercélula — o tipo mais poderoso de tempestade existente.

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