O cerco ao ônibus do Grêmio, ocorrido em 16 de agosto de 2025 no Aeroporto Salgado Filho, chegou oficialmente à Justiça. Onze pessoas identificadas como participantes do ataque passaram a responder criminalmente por associação criminosa, após o Juizado do Torcedor e Grandes Eventos de Porto Alegre aceitar a denúncia apresentada pelo Ministério Público Estadual. Na ocasião, mais de 40 manifestantes cercaram o veículo da delegação, lançando insultos, ameaças e perseguindo jogadores e membros da comissão técnica como forma de protesto contra o desempenho do time.
Durante a audiência preliminar, conduzida pela juíza Jocelaine Teixeira, também foi analisado o pedido de prisão preventiva de um dos acusados, apontado como líder e articulador da ação, com vínculos a uma torcida organizada. Embora o pedido tenha sido negado, a Justiça impôs medidas severas ao investigado: ele está proibido de frequentar qualquer estádio, manter relações com o clube em nome de torcidas organizadas e usar o Trensurb em dias de partidas em Porto Alegre.
Com a denúncia oficialmente aceita, os réus foram intimados e terão dez dias para apresentar defesa formal. O caso gerou grande repercussão e mobilizou forças de segurança e a diretoria gremista, evidenciando o impacto da violência ligada às torcidas organizadas no ambiente esportivo. O processo marca um passo importante na responsabilização criminal de envolvidos em atos de intimidação coletiva no futebol gaúcho.








