La Niña redefine o regime de chuvas e coloca Brasil em padrão climático clássico para dezembro

Fenômeno deve ampliar a umidade no Norte e Centro-Oeste enquanto reduz a atuação de frentes frias no Sul, alterando a dinâmica atmosférica em boa parte da América do Sul

A configuração atmosférica prevista para dezembro de 2025 reflete uma atuação típica de La Niña, com o resfriamento do Pacífico Equatorial reorganizando os fluxos de umidade no continente. O enfraquecimento ou deslocamento do jato subtropical limita a chegada de frentes frias ao extremo sul, ao mesmo tempo que favorece episódios de chuva mais intensa no interior do país. Esse padrão clássico também intensifica a formação da ZCAS, ampliando o transporte de umidade para áreas tropicais.

Com esse cenário, o Norte, a Amazônia e parte do Centro-Oeste tendem a registrar volumes de chuva acima da média, impulsionados pela convecção fortalecida e por umidade abundante vinda do Atlântico. Já o Sul do Brasil, além do Paraguai, Uruguai e setores da Argentina, aparece nas projeções com anomalias negativas de precipitação, resultado da migração dos principais corredores de instabilidade para regiões mais ao norte.

Apesar da tendência de precipitação reduzida no Sul, especialistas alertam que episódios localizados de chuva intensa e temporais severos continuam possíveis, mesmo em anos dominados por La Niña. O comportamento atmosférico observado até agora está alinhado ao que se espera durante esse tipo de fenômeno, mas o monitoramento constante segue essencial, já que a notícia ainda está sujeita a novas atualizações.

Vila Magia

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