Perícia revela que integrante do Comando Vermelho foi decapitado ainda com vida durante operação no Rio de Janeiro

Durante uma violenta operação policial nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, em 28 de outubro, o corpo de Yago Ravel Rodrigues Rosário, de 19 anos, foi encontrado decapitado em uma área de mata após confronto com a polícia. Um laudo pericial recente revelou que ele ainda apresentava sinais vitais no momento da decapitação, o que levanta questionamentos sobre a brutalidade do ato e possíveis responsabilidades pela execução. O corte no pescoço, conforme a perícia, foi feito quando o corpo já estava em colapso circulatório, resultado de ferimentos por arma de fogo no tórax e abdômen que causaram grande perda de sangue.

O caso está cercado de controvérsias e diferentes versões. A Polícia Civil do Rio de Janeiro trabalha com a hipótese de que rivais do próprio Comando Vermelho possam ter sido os autores da decapitação, com o intuito de alimentar uma narrativa contra a ação policial. O secretário da corporação, Felipe Curi, declarou que não há provas de envolvimento dos agentes na remoção da cabeça e sugeriu que criminosos teriam manipulado o corpo para “chamar atenção da imprensa”. A versão oficial destaca a dificuldade de alguém se aproximar da vítima logo após os tiros, devido à presença de comparsas armados e ao intenso tiroteio.

Yago Ravel era conhecido por atuar na linha de frente da facção criminosa na Zona Norte e teve sua cabeça exposta em uma árvore logo após o confronto. A cena chocante repercutiu nas redes sociais e motivou uma série de questionamentos públicos. Enquanto a autoria do crime ainda é investigada, o episódio contribui para o agravamento das tensões entre moradores, autoridades e organizações de direitos humanos, em um contexto marcado por operações letais e acusações de execuções sumárias em comunidades do Rio.

Alfy

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