Três policiais militares foram oficialmente excluídos da Brigada Militar do Rio Grande do Sul após decisão da Corregedoria-Geral, que concluiu o processo do Conselho de Disciplina. A medida foi tomada em decorrência do envolvimento dos agentes na morte de Gabriel Marques Cavalheiro, um jovem de 18 anos que desapareceu em agosto de 2022, em São Gabriel, e cujo corpo foi encontrado dias depois submerso em um açude. Segundo a corporação, a conduta dos envolvidos os tornou “incompatíveis com a permanência na instituição”.
Gabriel havia se mudado de Guaíba para São Gabriel com o objetivo de prestar o serviço militar obrigatório e estava hospedado na casa de um tio. Ele desapareceu após ser abordado por policiais, que teriam o agredido com golpes de cassetete na região do pescoço, segundo a denúncia apresentada à Justiça. Testemunhas relataram que o jovem foi levado por uma viatura e não foi mais visto com vida. Um vídeo registrado no dia da abordagem reforça as acusações contra os agentes, que estão presos desde a época do crime e irão a júri popular por homicídio qualificado.
Apesar da decisão da Corregedoria, as defesas dos réus informaram que irão recorrer ao governador do estado, alegando inocência dos acusados e classificando as prisões como arbitrárias. Os advogados afirmam que os policiais já foram absolvidos da acusação de ocultação de cadáver pela Justiça Militar e defendem que o julgamento aconteça o quanto antes, para que, segundo eles, seja comprovada a versão de que seus clientes não participaram do assassinato.








