Polônia intensifica poder militar e se prepara para possível guerra com a Rússia
Com arsenal robusto e expansão das forças armadas, país quer liderar a defesa da Otan no Leste Europeu

A Polônia está investindo massivamente em sua força militar e se posicionando como uma das maiores potências da Otan na Europa, diante do avanço da guerra entre Rússia e Ucrânia. Segundo especialistas, o país não está se preparando para se uma guerra acontecer, mas sim quando ela ocorrer. Com uma estratégia voltada à velocidade e poder de fogo terrestre, Varsóvia planeja se tornar a linha de frente contra uma possível ofensiva russa, contando com o apoio dos países bálticos.
Os números mostram a dimensão do projeto: mais de 200 mil soldados ativos, seis divisões mecanizadas e um robusto programa de reequipamento. A Polônia já encomendou 1.000 tanques K2 da Coreia do Sul, 336 Abrams dos EUA, 500 sistemas de foguetes HIMARS e 288 lançadores Chunmoo, além de 48 caças FA-50, 32 jatos F-35, 96 helicópteros Apache e seis baterias antiaéreas Patriot. Essa modernização deve colocar o país à frente de potências tradicionais como Alemanha, França e Reino Unido em capacidade terrestre.
Além das aquisições externas, o governo polonês também reativou a produção nacional de armamentos, com fábricas retomando atividades em ritmo que não era visto desde a Guerra Fria. De acordo com o analista Simon Diggins, a Rússia, embora ainda tenha um exército numericamente superior, enfrenta dificuldades logísticas e escassez de equipamentos modernos. Nesse cenário, a Polônia aposta em reação rápida, tecnologia de ponta e mobilização eficiente, transformando-se em peça-chave da defesa europeia frente a futuras ameaças militares.






