A professora Jacqueline Muniz, titular do Departamento de Segurança Pública e do Programa de Pós-Graduação em Justiça e Segurança Pública da Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói (RJ), foi incluída no programa de proteção para defensores de Direitos Humanos do governo federal. A docente solicitou proteção após se tornar alvo de polêmica e ameaças nas redes sociais. Os ataques se intensificaram depois que deputados de direita veicularam comentários sobre uma declaração da professora a respeito do armamento pesado utilizado por criminosos no Rio de Janeiro.
Ao comentar a alta letalidade da Operação Contenção, deflagrada contra o Comando Vermelho e que resultou em 121 mortes, a especialista criticou o uso de fuzis por traficantes. Jacqueline Muniz defendeu que o armamento pesado “tem baixo rendimento criminal”, afirmando que “um criminoso portando um fuzil” poderia ser “facilmente rendido até por uma pedra na cabeça”. A frase gerou a controvérsia que a levou a buscar amparo oficial. Muniz declarou que ‘deformaram 15 segundos da minha fala de horas’, ela conta que os ataques virtuais começaram em 29 de outubro, um dia depois da operação, quando ela fez uma postagem no X se posicionando contra a estratégia.
A inclusão no programa de proteção é uma medida adotada diante das ameaças percebidas pela docente. A Polícia Civil não se manifestou oficialmente sobre o tipo de ameaça ou o nível de risco à integridade da professora. O caso reflete a tensão no debate sobre segurança pública e o combate ao crime organizado no estado do Rio de Janeiro.








