Réus do caso do caminhoneiro morto em Bom Jesus são soltos após reavaliação da prisão preventiva; júri está marcado para 2026

Os quatro réus acusados de envolvimento no desaparecimento e morte do caminhoneiro Luciano Boeira Melos, natural de Bom Jesus, foram colocados em liberdade após decisão do Juízo da Comarca de Bom Jesus, que revogou de ofício a prisão preventiva e concedeu liberdade provisória com medidas cautelares. Eles estavam presos no Presídio de Bento Gonçalves desde o início das investigações.

A decisão foi tomada poucos dias após o Tribunal de Justiça solicitar informações sobre a possibilidade de antecipar o julgamento, atualmente marcado para 24 de março de 2026. O pedido havia sido analisado em 10 de novembro de 2025, mas antes da resposta ser enviada, o próprio Juízo local reavaliou os fundamentos da prisão e entendeu que era possível substituí-la por medidas alternativas.

O caminhoneiro Luciano Boeira Melos, de 26 anos, desapareceu em 26 de julho de 2023, após ser visto pela última vez entrando na estrada do Caraúno, no interior do município. Segundo as investigações, ele teria sido atraído ao local por uma mulher com quem mantinha um relacionamento extraconjugal.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, o crime teria sido planejado pela mulher, pelo marido dela, pelo sogro e por outro homem, após a descoberta do caso amoroso. Luciano teria sido executado de forma cruel, sem chance de defesa, e seu corpo nunca foi encontrado.

Mesmo sem a localização da vítima, os quatro acusados foram pronunciados e irão a júri popular, conforme decisão confirmada pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. Com a revogação da prisão, eles aguardam o julgamento em liberdade, sob condições como comparecimento periódico em juízo e proibição de se ausentar da comarca, entre outras medidas impostas pelo magistrado.

Com informações da Rádio Fátima.

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