Serra Gaúcha conquista campus da UFRGS após mais de 40 anos de mobilização
Nova unidade federal em Caxias do Sul terá foco em inovação, sustentabilidade e desenvolvimento regional
Após décadas de reivindicações da comunidade local, foi oficialmente aprovada a criação do campus da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em Caxias do Sul, marcando um avanço histórico para a oferta de ensino superior público na Serra Gaúcha. A decisão foi tomada por unanimidade no Conselho Universitário da UFRGS, com 66 votos favoráveis e apenas duas abstenções, e é vista como um passo decisivo para a interiorização da educação federal no Rio Grande do Sul. Com previsão de início das aulas em 2026, a nova unidade contará com um investimento inicial de R$ 60 milhões, viabilizados pelo Novo PAC da Educação Superior.
O campus nasce com a proposta de atender as demandas específicas da região, oferecendo cursos estratégicos como Administração, Ciência de Dados, Pedagogia e três engenharias voltadas à indústria e ao agronegócio. Também estão em estudo futuras graduações em Psicologia e Artes Cênicas, ampliando a diversidade de áreas de formação. A instalação da UFRGS em Caxias é fruto de uma mobilização ampla, que envolveu lideranças políticas, movimentos sociais e a população de 48 municípios da Serra, representando mais de 1,2 milhão de habitantes. O deputado Pepe Vargas (PT), um dos principais articuladores, destacou que a inclusão da proposta no Plano Plurianual da União foi decisiva para sua concretização.
A reitora Márcia Barbosa celebrou o resultado, ressaltando que os próximos passos envolvem a definição do local físico, contratação de profissionais e elaboração do projeto de infraestrutura. Já a deputada Denise Pessôa (PT) destacou o impacto social e simbólico da conquista, apontando a criação do campus como fruto da persistência coletiva por uma educação mais acessível e conectada às necessidades locais. Além de formar profissionais, a nova unidade da UFRGS promete contribuir com pesquisa aplicada e projetos de extensão, fortalecendo setores como vitivinicultura, metalmecânica, TI e educação básica, pilares do desenvolvimento regional.
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