Tabu que mata: câncer de próstata tira 48 vidas por dia no Brasil

Apesar de altamente curável, doença avança silenciosamente entre os homens e ainda enfrenta resistência aos exames preventivos

Mesmo sendo um dos tipos de câncer com maiores chances de cura quando diagnosticado precocemente, o câncer de próstata ainda faz 48 vítimas por dia no Brasil, conforme dados da Sociedade Brasileira de Urologia. Em 2024, foram registrados 17.587 óbitos, e o cenário preocupa: o número de mortes aumentou 21% em uma década, totalizando mais de 159 mil vidas perdidas entre 2015 e 2024. As regiões Centro-Oeste e Sul lideram o crescimento dos casos, evidenciando um desafio de saúde pública cada vez mais urgente.

Especialistas apontam que o preconceito e a desinformação ainda afastam muitos homens dos consultórios, principalmente devido ao receio do exame de toque retal — fundamental para detectar alterações que nem sempre aparecem nos exames de PSA. A prevenção continua sendo a principal arma contra o avanço da doença, reforçada anualmente pela campanha Novembro Azul, que incentiva o rastreamento a partir dos 50 anos — ou aos 45 em casos de risco, como histórico familiar, obesidade ou entre homens negros, que têm o dobro de risco e maior taxa de mortalidade.

Nos estágios iniciais, o câncer de próstata não costuma apresentar sintomas, o que torna os exames regulares indispensáveis. Quando surgem sinais como dificuldade para urinar, dor nas costas ou presença de sangue na urina, a doença pode já estar em estágio avançado, reduzindo as chances de tratamento eficaz. Em casos mais graves, com metástase, surgem dores ósseas intensas, perda de peso e anemia. Ainda assim, sintomas semelhantes podem ter outras causas benignas, o que torna essencial procurar atendimento médico diante de qualquer anormalidade.

Sindilojas

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