Tartaruga-marinha debilitada é resgatada, tratada e devolvida ao mar no litoral gaúcho

Animal da espécie cabeçuda passou por reabilitação após possível afogamento causado por rede de pesca

Uma tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta) foi devolvida ao oceano após passar cerca de um mês em tratamento no Centro de Recuperação de Animais Silvestres e Marinhos (Ceram), vinculado ao Ceclimar da UFRGS. O animal havia sido encontrado enfraquecido na praia de Mariluz, em Imbé, no litoral norte do RS, e foi resgatado pela Secretaria de Meio Ambiente de Imbé, que a encaminhou para os cuidados veterinários especializados. Segundo os exames realizados, a tartaruga apresentava sinais de afogamento, possivelmente provocado por enrosco em rede ou anzol de pesca.

A soltura aconteceu na última terça-feira (11), nas águas da praia de Tramandaí, próxima à plataforma da cidade, após o animal ser considerado totalmente recuperado. A bióloga Carine Campos Trigo, especialista em tartarugas-marinhas, explicou que casos de afogamento são frequentes, já que esses animais podem ficar presos submersos e não conseguem subir para respirar, o que, muitas vezes, resulta em morte antes mesmo do resgate. No entanto, esta tartaruga teve um final feliz: foi anilhada e liberada de volta ao mar com saúde restabelecida.

A espécie, classificada como vulnerável pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) e pelo Ministério do Meio Ambiente, pode atingir até 136 cm de comprimento e pesar 180 kg. Suas principais áreas de reprodução no Brasil incluem os litorais de RJ, ES, BA e SE. O trabalho do Ceclimar, referência estadual na recuperação de animais marinhos debilitados, é essencial para garantir que espécies ameaçadas tenham a chance de retornar ao habitat natural com segurança e dignidade.

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