TJRS anula júri do caso da personal trainer Débora Michels em Montenegro

Decisão foi tomada por maioria na terça-feira, 18 de novembro, após reconhecimento de violação à imparcialidade do juízo

A 1ª Câmara Especial Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul decidiu, por maioria, anular o júri que havia condenado Alexsandro Alves Gunsch a 26 anos e 8 meses de prisão pelo feminicídio de Débora Michels Rodrigues da Silva. O julgamento ocorreu na terça-feira, 18 de novembro, atendendo a um recurso que apontava violação à imparcialidade do juízo durante a apresentação da tese defensiva no Tribunal do Júri de Montenegro.

O processo havia começado a ser analisado em segunda-feira, 21 de outubro, quando a relatora, Desembargadora Rosane Wanner da Silva Bordasch, votou por manter o júri, reduzindo apenas a pena para 19 anos, 6 meses e 20 dias. O julgamento foi suspenso após pedido de vista do Desembargador Marcelo Machado Bertoluci, que, na retomada desta semana, votou pela nulidade. O entendimento dele foi acompanhado pelo Desembargador Luiz Antônio Alves Capra, formando maioria de 2 votos a 1 pela anulação e determinando a realização de um novo julgamento. Cabe recurso às instâncias superiores.

A vítima, Débora Michels Rodrigues da Silva, foi encontrada morta na madrugada de sexta-feira, 26 de janeiro, em frente à casa dos pais, em Montenegro, após deixar a residência do ex-companheiro devido à separação. O júri anulado havia ocorrido em quinta-feira, 25 de abril, estendendo-se por 17 horas, e condenou o réu por homicídio qualificado pelas circunstâncias de feminicídio, motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima.

Promedseg

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