Trump assina lei que libera arquivos sobre Epstein e promete “revelar a verdade”

Presidente muda de posição e sanciona projeto que obriga Departamento de Justiça a divulgar documentos de caso que ainda levanta suspeitas e teorias conspiratórias

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sancionou nesta quarta-feira (20) uma lei que obriga o Departamento de Justiça a divulgar documentos relacionados à investigação do agressor sexual Jeffrey Epstein, morto em 2019. A medida, apoiada por democratas e republicanos, foi celebrada por Trump em uma publicação nas redes sociais, na qual prometeu que a liberação dos arquivos ajudará a “expor a verdade sobre certos democratas”. O caso Epstein, que envolve crimes de tráfico sexual e conexões com figuras influentes, é constantemente citado em teorias conspiratórias alimentadas por parte da base eleitoral de Trump.

Apesar da recente comemoração, o presidente havia tentado impedir a aprovação da proposta até poucos dias antes, temendo que a liberação de documentos investigativos criasse um precedente prejudicial para a presidência. No entanto, diante do apoio bipartidário à medida, Trump recuou. A nova lei determina que o Departamento de Justiça publique os arquivos em até 30 dias, conforme confirmou a procuradora-geral Pam Bondi, ressaltando o compromisso com a “máxima transparência”.

A liberação, no entanto, não será total. A legislação permite que dados pessoais das vítimas e informações que comprometam investigações em andamento sejam mantidos sob sigilo. Pesquisas apontam que 70% dos norte-americanos acreditam que o governo esconde informações sobre os clientes de Epstein — percepção que atinge até mesmo a maioria dos republicanos. Paralelamente, Trump tem pressionado o Departamento de Justiça a investigar associações de figuras democratas com Epstein, enquanto omite menções a seus próprios vínculos passados com o empresário.

Mais Você

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo