Vulcão na fronteira entre Argentina e Chile entra em alerta com emissões de cinzas e gases

Atividade do Planchón-Peteroa preocupa especialistas e reforça vigilância em áreas próximas ao complexo andino

O vulcão Planchón-Peteroa, localizado na divisa entre Argentina e Chile, voltou a chamar atenção nas últimas semanas com a liberação de cinzas e gases em colunas que chegaram a até 2 mil metros de altura. O fenômeno, registrado por câmeras e sensores do Observatório Argentino de Vigilância Volcânica (OAVV), levou o Serviço Geológico Minero Argentino (Segemar) a manter o nível de alerta técnico amarelo, indicando que o sistema está operando fora do padrão habitual, embora ainda sem risco iminente de erupção de grande porte.

As emissões têm afetado principalmente a região de Malargüe, no sul da província de Mendoza, onde houve queda leve de cinzas, mas sem impacto direto nas atividades urbanas nem redução significativa da visibilidade, que chegou a manter-se em 20 quilômetros. Autoridades alertam, no entanto, para possíveis prejuízos em operações aéreas, contaminação de recursos hídricos e riscos em rotas andinas de alta altitude. As colunas de cinza seguem predominantemente em direção leste-sudeste, mantendo os efeitos concentrados na zona próxima ao vulcão.

Segundo o geólogo Pablo Brian Forte, do Segemar, o comportamento recente é compatível com o histórico do Planchón-Peteroa, que costuma registrar picos moderados de atividade superficial seguidos por períodos de calma. Não há indícios de ascensão de magma, o que torna improvável uma erupção explosiva nos próximos dias. Mesmo assim, equipes de campo da Argentina e do Chile seguem no monitoramento direto, colhendo amostras e avaliando alterações no sistema. A Defesa Civil de Malargüe reforçou o apelo para que a população acompanhe apenas informações oficiais e evite a propagação de boatos nas redes sociais.

Com informações da Metsul.

Bavaresco

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