William Bonner encerra ciclo no Jornal Nacional com emoção e salva de palmas

Na noite desta sexta-feira (31), William Bonner encerrou oficialmente sua trajetória à frente do Jornal Nacional, marcando o fim de quase 29 anos como âncora do principal telejornal do país. Com um tom leve e emocionado, ele se despediu do público durante o último bloco da edição, ao lado de Renata Vasconcellos, e chamou César Tralli — seu sucessor — para um abraço coletivo na redação, em meio a aplausos dos colegas. Bonner, que chegou à Globo em 1986 e passou por diversos telejornais até assumir o JN em 1996, agora se prepara para uma nova etapa no Globo Repórter, ao lado de Sandra Annenberg, com estreia prevista para fevereiro de 2026.

A despedida foi conduzida com bom humor, lembranças e até provocações carinhosas. Bonner brincou com sua fama de contido ao afirmar que não choraria, “porque sou uma pessoa extremamente fria”, e ressaltou que encara a mudança como o começo de uma nova jornada, com espaço para incertezas e aprendizados. A edição especial ainda resgatou sua primeira vez ao lado de Cid Moreira e o fez refletir sobre o nervosismo persistente mesmo após décadas de experiência. A emoção também ficou evidente no reencontro com sua equipe e na coincidência simbólica da data: há exatamente 11 anos, em 31 de outubro de 2014, Renata Vasconcellos estreava no JN ao lado dele.

César Tralli, que deixa o Jornal Hoje para assumir o novo posto, demonstrou serenidade e gratidão, afirmando que está pronto para se dedicar “de corpo e alma” à missão de conduzir o noticiário. Durante o programa, foi exibida uma reportagem sobre sua trajetória na Globo, iniciada em 1993, celebrando o caminho que o levou até ali. A troca de comando, planejada há cinco anos, atendeu a um desejo pessoal de Bonner, que busca agora mais tempo com a família e liberdade para novos projetos. A noite terminou com o tradicional “boa noite” em coro, selando um capítulo histórico da televisão brasileira.