Acusados pelo Ministério Público do RS são condenados por matar mulher grávida durante troca de tiros em Porto Alegre
Três homens recebem penas de até 32 anos de prisão por homicídio de Cíntia Rosa da Silva, morta durante confronto entre facções na zona sul da Capital
Três homens acusados pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) foram condenados pelo Tribunal do Júri de Porto Alegre por homicídio doloso qualificado de Cíntia Rosa da Silva, de 29 anos, que estava grávida, além de duas tentativas de homicídio. As penas aplicadas foram de 32 anos, oito meses e 20 dias, 31 anos, três meses e 20 dias e 25 anos e três meses de prisão.
O julgamento ocorreu no Fórum Central de Porto Alegre, tendo início na manhã de quarta-feira, 3 de dezembro, e término na madrugada de quinta-feira, 4 de dezembro. A acusação foi conduzida pelo promotor de Justiça Fernando Bittencourt, que anunciou que recorrerá para aumentar as penas dos condenados.
De acordo com o MPRS, os crimes ocorreram em 28 de dezembro de 2020, durante um confronto entre duas facções rivais que disputavam pontos de tráfico na zona sul da Capital. Os criminosos chegaram ao local em um veículo roubado e armados, iniciando disparos contra integrantes da facção adversária.
Durante o tiroteio, Cíntia Rosa da Silva, que não tinha envolvimento com o conflito, foi atingida enquanto caminhava para um mercado no bairro Santa Tereza. Outras duas pessoas ligadas à facção local também foram baleadas.
Os réus foram condenados por homicídio doloso qualificado por motivo torpe, perigo comum e recurso que dificultou a defesa da vítima, além de dupla tentativa de homicídio com as mesmas qualificadoras. Também responderam por receptação, roubo de veículos e corrupção de menores. Um quarto acusado foi absolvido.
O Ministério Público do RS reforçou o compromisso de responsabilizar criminosos e buscar justiça para as vítimas da violência urbana em Porto Alegre.
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