Pilotos relatam risco de desorientação durante pousos e decolagens; autoridades reforçam alerta e lembram que a prática é crime
O Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, voltou a enfrentar um crescimento expressivo de ataques com raios laser direcionados a aeronaves, situação que tem preocupado pilotos e autoridades aeronáuticas. Apenas em outubro, foram 32 ocorrências, número muito superior à média histórica. No acumulado de 2025, já são 42 registros, superando todos os casos computados em 2023 e 2024. A Fraport Brasil, em conjunto com a Aeronáutica, iniciou uma campanha de conscientização para tentar reduzir os episódios.
Profissionais que atuam no aeroporto afirmam que os feixes de laser vêm sendo apontados tanto para as cabines dos aviões quanto para a Torre de Controle, provocando risco de ofuscamento, perda momentânea de visão e desorientação dos pilotos, especialmente durante pousos e decolagens, momentos considerados críticos para a segurança do voo. Apesar do aumento significativo, não houve incidentes graves até o momento.
As autoridades lembram que apontar laser para aeronaves é crime previsto no Artigo 261 do Código Penal, com pena que pode chegar a cinco anos de reclusão, além de multa. As investigações apontam que os disparos podem vir tanto de pessoas desinformadas quanto de equipamentos usados em festas e eventos. Quem presenciar esse tipo de ação deve denunciar imediatamente à Brigada Militar, Polícia Federal ou à administração do aeroporto.
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