Bolsonaro faz ultrassom na sede da PF após nova autorização de Moraes

Ministro do STF negou cirurgia, mas liberou exame após questionamentos sobre a saúde do ex-presidente, preso desde novembro

O ex-presidente Jair Bolsonaro passou por um novo capítulo judicial neste sábado (13), quando o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, autorizou a realização de um ultrassom na Superintendência da Polícia Federal em Brasília. O exame foi solicitado pela defesa para investigar uma possível hérnia inguinal bilateral, após o STF negar um pedido anterior de cirurgia, por falta de laudos recentes. A decisão ainda mantém o prazo para uma perícia médica oficial ser realizada por peritos da própria PF.

Na última quinta-feira (11), Moraes já havia determinado uma avaliação médica, exigindo um laudo atualizado que comprovasse a real necessidade de uma intervenção cirúrgica. Segundo o ministro, os documentos apresentados até então eram antigos — o mais recente, de três meses atrás — e não indicavam urgência médica. O magistrado também ressaltou que, desde a prisão de Bolsonaro, em 22 de novembro, não houve qualquer emergência registrada que justificasse um procedimento cirúrgico imediato.

Preso por envolvimento em tentativa de golpe de Estado e alvo de múltiplas investigações, Bolsonaro cumpre prisão preventiva na sede da PF. O caso da hérnia levantou debates sobre o uso de recursos médicos dentro do sistema prisional e os limites legais para pedidos da defesa. O ultrassom autorizado por Moraes agora se soma a um conjunto de decisões que visam equilibrar o direito à saúde com o rigor judicial diante das acusações que o ex-presidente enfrenta.

Sair da versão mobile