Celso Sabino é expulso do União Brasil após desafio à liderança do partido

O ministro do Turismo, Celso Sabino, foi oficialmente desligado do União Brasil após se recusar a cumprir uma exigência imposta pela legenda em setembro, que determinava que todos os filiados deixassem cargos no governo federal. A decisão foi tomada pela Comissão Executiva Nacional, que também anunciou a dissolução do Diretório Estadual do Pará, seu reduto político, substituindo-o por uma comissão interventora. O partido classificou a permanência de Sabino como “atitude contrária” à orientação partidária e justificou a expulsão com base em uma representação interna.

Sabino, que também é deputado federal, alegou que sua permanência no ministério se justifica pelo momento estratégico: a proximidade da COP30, evento internacional que será sediado no Pará, seu estado natal. Segundo ele, abandonar o cargo nesse contexto seria uma atitude irresponsável. Em tom crítico, o ministro considerou a intervenção no diretório estadual como uma medida desproporcional e sem base regimental, defendendo que a direção local foi eleita de forma legítima e seguia as regras internas do partido.

Em suas redes sociais, o ministro afirmou que sai do partido “com a cabeça erguida e ficha limpa”, reforçando seu compromisso com o desenvolvimento do Pará e com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao qual declarou fidelidade. Sabino ainda afirmou que sua escolha representa o que considera ser o “melhor projeto para o país” e criticou o ultimato de 24 horas imposto pelo União Brasil, ressaltando que não cederia a pressões que prejudicassem sua atuação à frente do ministério.