Correios vão estimular demissão de 15 mil funcionários até 2027

Os Correios vão passar por uma ampla reestruturação até 2027, com a saída prevista de cerca de 15 mil funcionários por meio de um Plano de Demissão Voluntária (PDV), segundo anunciou o presidente da estatal, Emmanoel Rondon. O corte equivale a aproximadamente 17% do quadro de pessoal e deve ocorrer em duas etapas: 10 mil desligamentos em 2026 e mais 5 mil no ano seguinte. A medida é parte de um pacote de ações para conter prejuízos que já ultrapassaram R$ 10 bilhões desde 2022.
Além das demissões, a empresa pretende reformular a estrutura de carreira, cortar gastos operacionais, vender imóveis ociosos e reduzir mil pontos de atendimento. A expectativa é de economizar até R$ 7,4 bilhões em despesas e arrecadar R$ 1,5 bilhão com alienações patrimoniais. A malha logística também será enxugada, com impacto estimado de R$ 2,1 bilhões na contenção de custos.
Para garantir a sobrevivência financeira no curto prazo, os Correios fecharam um acordo com cinco grandes bancos — Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa — para um empréstimo de R$ 12 bilhões. O valor será utilizado para evitar inadimplência com fornecedores, manter a capacidade de pagamento e equilibrar o caixa até março de 2026. Sem essas medidas, a projeção era de que o prejuízo da estatal atingisse R$ 23 bilhões no próximo ano.






