Após passar por uma cirurgia para correção de uma hérnia inguinal bilateral, o ex-presidente Jair Bolsonaro poderá enfrentar um novo desafio médico: uma possível intervenção para tratar crises persistentes de soluços. O procedimento cogitado é o bloqueio anestésico do nervo frênico, que se estende do pescoço ao diafragma. A decisão será tomada após uma avaliação médica marcada para a próxima segunda-feira (29), dependendo da evolução clínica nos dias seguintes à operação.
A equipe médica trabalha agora com estratégias menos invasivas, como o ajuste da medicação e mudanças na dieta, para tentar controlar os episódios. No entanto, se os soluços persistirem, será considerado o bloqueio do nervo, o que carrega riscos importantes. De acordo com o cirurgião Claudio Birolini, existe a possibilidade de paralisia temporária do músculo do diafragma, o que poderia comprometer a respiração do ex-presidente e exigir suporte ventilatório até que o efeito do anestésico passe.
Bolsonaro está internado e deve permanecer no hospital entre cinco e sete dias, período que pode se estender caso a nova intervenção seja realizada. A alta hospitalar dependerá da capacidade de ele retomar funções básicas, como higiene pessoal e autonomia nos cuidados diários. Questionados sobre um possível encaminhamento à sede da Polícia Federal após a internação, os médicos afirmaram que é cedo para qualquer definição, já que tudo dependerá do progresso da recuperação.








