Um deputado federal foi retirado à força do plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília, na tarde desta terça-feira, dia 9 de dezembro, após ocupar a cadeira da presidência da Casa em forma de protesto. A ação foi realizada por agentes da Polícia Legislativa Federal.
O parlamentar se manifestava contra a votação do pedido de cassação de seu mandato, incluída na pauta pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), junto com os processos de Carla Zambelli (PL-SP) e Delegado Ramagem (PL-RJ), ambos condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Durante o ato, o deputado criticou a condução da Mesa Diretora e disse que estava sendo tratado de forma desigual em relação a outras situações semelhantes ocorridas no plenário. Menos de uma hora após o início do protesto, ele foi retirado à força pelos seguranças, com as roupas rasgadas, sob protestos de parlamentares aliados.
O sinal da TV Câmara foi interrompido no momento da confusão, e a imprensa foi retirada do local, o que gerou críticas de entidades e parlamentares.
Em nota, Hugo Motta afirmou que o deputado desrespeitou o funcionamento da Câmara e das instituições democráticas, chamando o ato de “extremismo político travestido de manifestação”. O presidente também declarou que determinou a apuração de possíveis excessos na cobertura da imprensa e reforçou que é preciso “proteger a democracia do grito e da intimidação”.
A votação sobre a cassação do deputado está prevista para ocorrer nesta quarta-feira, dia 10 de dezembro, no plenário Ulysses Guimarães.
Fonte: Agência Brasil








