Funcionários da Petrobras entram em greve por tempo indeterminado

A greve nacional dos funcionários da Petrobras começou à meia-noite desta segunda-feira (15), com forte adesão em diversas unidades operacionais da empresa. Refinarias em seis estados, plataformas no litoral e o Terminal Aquaviário de Coari, no Amazonas, tiveram suas operações repassadas a equipes de contingência, após os trabalhadores se recusarem a seguir com as atividades. Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), a mobilização se fortaleceu ainda na madrugada, com paralisações se espalhando por bases importantes como Regap (MG), Reduc (RJ), Replan (SP), Recap (SP), Revap (SP) e Repar (PR).
O movimento grevista foi deflagrado após a categoria recusar a segunda contraproposta da Petrobras para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), considerada insatisfatória pelos sindicatos. As principais reivindicações dos trabalhadores incluem soluções definitivas para os déficits nos planos de aposentadoria da Petros, valorização da carreira com melhorias no plano de cargos e salários, e a defesa do modelo de empresa pública, voltado à soberania nacional. A FUP aponta que, mesmo após anos de negociações, a estatal não apresentou avanços concretos nesses pontos considerados cruciais para a categoria.
Em resposta, a Petrobras afirmou que mantém canais de diálogo com os representantes sindicais e que o movimento não provocou impactos na produção ou no abastecimento do mercado. A empresa garante que adotou medidas de contingência para assegurar a continuidade das operações, respeitando o direito de manifestação dos trabalhadores. Apesar do impasse, a estatal reforça que permanece comprometida com a conclusão das negociações diretamente com os sindicatos.





