Ações de fiscalização e monitoramento na Serra e Vale do Caí visam manter o estado livre da praga considerada a mais grave do mundo.
O Departamento de Defesa Vegetal da Secretaria da Agricultura (Seapi) realizou uma força-tarefa entre os dias 9 e 12 de dezembro para prevenir a entrada da doença HLB, popularmente conhecida como Greening, no Rio Grande do Sul. A ofensiva ocorreu em pontos estratégicos do Vale do Caí, da Serra e na divisa com Santa Catarina, em Torres. Durante as vistorias, fiscais checaram 51 cargas de vegetais e coletaram amostras de citros que ingressaram com folhas — prática proibida por lei — para análise laboratorial, visando proteger os cerca de 34 mil hectares de cultivo no estado.
A medida é considerada determinante pela Seapi, pois, no atual período de entressafra local, o consumidor gaúcho é abastecido por frutos vindos de regiões onde a praga já ocorre. Para garantir um abastecimento seguro, o governo mantém o monitoramento quinzenal de 360 armadilhas para o inseto psilídeo, vetor da bactéria. Até o momento, os testes realizados nos insetos capturados foram negativos, confirmando que o Rio Grande do Sul permanece como um território livre da praga, que não possui tratamento eficiente para plantas infectadas.
O Greening ataca todos os tipos de citros, provocando o amarelamento de ramos e a deformação dos frutos, que se tornam ácidos e amargos. A força-tarefa, cujos detalhes foram divulgados nesta quarta-feira, 17 de dezembro, reforça a proibição do ingresso de materiais de propagação e frutos com restos culturais de outras unidades da federação. O esforço contínuo de defesa sanitária busca evitar prejuízos econômicos e garantir a sanidade da citricultura gaúcha diante da ameaça global.








