A Justiça argentina decidiu autorizar a extradição de cinco condenados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. A decisão foi tomada nesta quarta-feira, 3 de dezembro, e atende a um pedido formal do governo brasileiro.
A extradição foi solicitada pelo Ministério da Justiça, a pedido do ministro Alexandre de Moraes, relator das ações penais no Supremo Tribunal Federal (STF). Os condenados receberam penas que variam de 13 a 17 anos de prisão.
Os nomes dos extraditáveis são Joelton Gusmão de Oliveira, Rodrigo de Freitas Moro Ramalho, Joel Borges Corrêa, Wellington Luiz Firmino e Ana Paula de Souza. Todos estão presos na Argentina desde o fim do ano passado, após a formalização do pedido de extradição para o cumprimento das penas no Brasil.
Durante a audiência, os cinco compareceram algemados ao tribunal federal onde o caso foi julgado, conforme imagens divulgadas pela imprensa local.
Ao entrar em território argentino, o grupo solicitou refúgio político à Comissão Nacional para os Refugiados da Argentina (Conare), mas o pedido ainda não teve resposta. Mesmo com a decisão judicial favorável à extradição, a execução do ato depende agora de autorização do presidente argentino, Javier Milei.
A medida representa mais um passo nas ações de cooperação internacional entre Brasil e Argentina para garantir a responsabilização dos condenados pelos atos golpistas de 2023.








