Orçamento de 2026 prevê corte de quase R$ 500 milhões em universidades federais

A redução de 7,05% nas verbas compromete o funcionamento das instituições, a assistência estudantil e o desenvolvimento científico nacional.
A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) manifestou grave preocupação com os cortes no orçamento das universidades federais aprovados pelo Congresso Nacional para 2026. Segundo cálculos da entidade, a redução chega a R$ 488 milhões, o que representa uma queda nominal em relação ao orçamento executado em 2025. A medida atinge as 69 universidades do país e compromete ações essenciais de ensino, pesquisa e extensão, além de inviabilizar o reajuste obrigatório de contratos e impactos inflacionários.
Um dos pontos mais críticos destacados pela Andifes é o corte de aproximadamente R$ 100 milhões na assistência estudantil. Essa redução ameaça a implementação da nova Política Nacional de Assistência Estudantil (PNAES) e coloca em risco a permanência de alunos em situação de vulnerabilidade socioeconômica. Além das universidades, instituições estratégicas como a Capes e o CNPq também sofrerão impactos orçamentários, o que gera um cenário de incerteza para a sustentabilidade administrativa e o papel dessas entidades no desenvolvimento social e econômico do Brasil.
Em nota oficial publicada nesta terça-feira, 23 de dezembro, os reitores pedem a recomposição imediata dos valores para evitar a paralisação de atividades básicas. A Andifes reforça que o cenário atual é de retrocesso na democratização do acesso ao ensino superior público e de ameaça à pesquisa científica. Sem a revisão do Projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2026, as instituições federais podem enfrentar sérias dificuldades para manter o funcionamento regular e cumprir sua função estratégica no país.






