Pesquisa aponta que 26% das rodovias do Rio Grande do Sul estão em condições precárias

Levantamento da CNT revela que recuperação da malha viária gaúcha exige investimento superior a R$ 10 bilhões para sanar problemas estruturais.

Uma pesquisa divulgada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) na quarta-feira, 17 de dezembro, aponta que 26,3% das estradas do Rio Grande do Sul são classificadas como ruins ou péssimas. O estudo avaliou mais de 8,8 mil quilômetros de rodovias no estado, revelando que apenas 27% do total analisado possui condições ótimas ou boas. A maior parte da malha gaúcha, cerca de 46,7%, foi considerada regular, o que demanda intervenções imediatas para evitar o agravamento da deterioração asfáltica.

Os problemas estruturais identificados abrangem deficiências no pavimento, na sinalização e na geometria das vias, sendo que quase 40% das estradas apresentam geometria precária, com pistas simples e falta de acostamento. Essa precariedade impacta diretamente a segurança e a economia, elevando os custos operacionais do transporte em 37,2%. Estima-se que o desperdício de combustível e a baixa eficiência logística gerem um prejuízo anual de aproximadamente R$ 586,6 milhões aos transportadores e um aumento significativo na emissão de gases poluentes.

Para reverter o cenário de insegurança e má conservação, a CNT calcula que seriam necessários R$ 10,05 bilhões em investimentos para ações de restauração e manutenção emergencial. Embora o volume de recursos aplicados em 2025 tenha superado o orçamento inicial, os valores ainda são insuficientes para suprir o déficit de infraestrutura. O relatório ressalta que a precariedade das rodovias gaúchas não apenas encarece os produtos, mas também sobrecarrega os cofres públicos devido ao alto índice de acidentes registrados no estado.

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