A partir de 1º de janeiro de 2026, entram em vigor os novos valores fixos do ICMS sobre combustíveis, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). A gasolina terá alta de 6,8%, passando de R$ 1,47 para R$ 1,57 por litro. Já o diesel e o biodiesel subirão de R$ 1,12 para R$ 1,17 por litro, um aumento de 4,4%, enquanto o gás liquefeito de petróleo (GLP) — o gás de cozinha — terá a alíquota elevada de R$ 1,39 para R$ 1,47 por quilo, equivalente a reajuste de 5,7%.
Segundo o economista-chefe da Fiemg, João Gabriel Pio, o formato atual do imposto — com valor fixo por litro ou quilo, adotado desde 2022 — trouxe mais previsibilidade e reduziu distorções entre estados, mas também aumentou o peso do tributo no custo final dos combustíveis. Ele estima que o reajuste possa acrescentar cerca de 0,1 ponto percentual ao IPCA da Região Metropolitana de Belo Horizonte em 2026.
Para o especialista em combustíveis Vitor Sabag, da empresa Gasola, o novo aumento representa o segundo reajuste consecutivo do imposto e deve gerar reflexos diretos nas bombas. “É difícil imaginar que os postos deixem de repassar o acréscimo de R$ 0,10 por litro ao consumidor”, afirmou.
O Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes de Minas Gerais (Minaspetro) lamentou o aumento e classificou o reajuste como “mais um movimento arrecadatório do Estado brasileiro”. A entidade destacou que a carga tributária sobre a gasolina chega a 36% do preço final, o que representa R$ 2,25 por litro em tributos federais e estaduais.
O setor teme que o novo reajuste pressione o custo do transporte rodoviário e os preços de alimentos e bens de consumo, afetando toda a cadeia produtiva.








