Troca de corpos após confronto armado em Caxias do Sul interrompe velório em Santa Catarina

IML afirma que erro partiu das funerárias responsáveis pelo traslado e nega falha na identificação dos cadáveres

Um erro na liberação de corpos após um confronto armado com a Brigada Militar (BM), ocorrido no interior de Caxias do Sul, provocou a interrupção de um velório em Capinzal, no oeste de Santa Catarina. O caso envolve um dos dois homens mortos durante troca de tiros com policiais militares na noite de domingo, 21 de dezembro, na Estrada Zona Lise, distrito de Fazenda Souza, as informações são da Rádio Solaris.

As vítimas foram identificadas como Marcelo Pereira de Moraes, de 39 anos, e Felipe da Luz Alves de Andrade, de 25. Segundo a BM, ambos tinham antecedentes criminais. Marcelo respondia por homicídio, tráfico de drogas, porte ilegal de arma de fogo, roubo e receptação. Já Felipe possuía registros por comércio e porte ilegal de armas, além de roubo a residência.

Após o confronto, o corpo de Marcelo Pereira de Moraes deveria ter sido encaminhado para Capinzal, onde ocorreria o sepultamento. No entanto, outro corpo foi liberado por engano, sendo o equívoco percebido somente durante o velório, quando familiares abriram o caixão e constataram que não se tratava do parente.

Em nota divulgada na sexta-feira, 26 de dezembro, o Instituto Médico-Legal (IML) de Caxias do Sul esclareceu que não houve erro na identificação dos corpos dentro da instituição. O perito criminal-chefe Airton Kraemer afirmou que todos os cadáveres saíram do IML com identificação correta e confirmada, conforme os protocolos técnicos.

De acordo com o órgão, o erro ocorreu após a saída dos corpos, envolvendo as funerárias responsáveis pelo velório e pelo translado até Capinzal. A troca, segundo o IML, foi solucionada diretamente entre as empresas, sem participação do instituto.

A direção do IML também destacou que, se houvesse qualquer equívoco interno, o corpo deveria ter sido devolvido à sede do instituto para nova conferência — o que não ocorreu.

O corpo correto de Marcelo Pereira de Moraes chegou a Capinzal na quinta-feira, 25 de dezembro, mas, devido ao estado avançado de decomposição, não houve velório, apenas o sepultamento imediato. O corpo enviado por engano retornou a Caxias do Sul.

A Polícia Civil e o Instituto-Geral de Perícias (IGP) seguem investigando tanto as circunstâncias do confronto quanto as responsabilidades pelo erro na liberação dos corpos. O IML reiterou seu compromisso com rigor técnico e transparência, afirmando que assumiria publicamente eventuais falhas, o que, segundo a instituição, não se aplica neste caso.

Alfa

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